Ushuaia

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sábado, 18 de janeiro de 2014

13 Dia - O'Higgins a Cochrane


Hoje saímos as 8:20 com destino a Balsa, que pegaríamos as 11:00 horas em direção a Cochrane, onde novamente dormiríamos antes de passar para Argentina.

Antes da sair tive que emprestar o compressor de ar para o Marcos, o pneu dele havia furado no dia anterior, levou num borracheiro da cidade que atende na sala de sua casa, mas só conseguiu entortar o aro da moto dele, o pneu continua vazando, pouco mas  está vazando.

Antes de ir para Cochrane, passamos por Caleta Tortel, uma cidadezinha de 430 habitantes que vive da madeira.

No trajeto de O'Higgins até a balsa, não encontramos nenhum dos casais com os filhos no caminho, provavelmente ainda estavam acampados, pois a noite eles entram na mata perto de alguma água e se instalam para se proteger do vento.

A balsa foi pontual, quando estávamos esperando chegou um caminhão de combustível, tinha descarregado em O'Higgins, na direção o Jose Júnior, dono do posto Petrobrás que o Marcos estava conversando quando chegamos em Cochrane, o posto de O'Higgins é dele também.

Falamos um pouco com ele, mas estava mexendo nos freios do caminhão, pois estava com problemas de vazamento de ar, nisso começaram a carregar a Balsa, entram primeiro bicicletas, depois os veículos, caminhões e por último as motos.

Estávamos conversando dentro da Balsa, na parte superior, que é fechada, pois estava muito frio, saímos de O'Higgins e a temperatura era em torno de 8 graus, nisso o Jose chegou e perguntou se tínhamos fita isolante, falei que sim e fui na moto pegar, tive que descarregar toda mala traseira até chegar na caixa de ferramentas onde tinha a fita, entreguei para ele, conseguiu fazer o conserto e me devolveu a fita, falou que quando chegasse a Cochrane me compraria uma nova, falei que não precisava, agradeceu e já estava na hora de descer da balsa.

Fomos direto a Caleta Tortel, da Balsa dá uns 53 kms, quando lá chegamos já fomos convidados a comer num restaurante que fica na subida de um morro, estávamos com fome e aceitamos, pedimos para deixar a roupa e capacetes lá e fomos caminhar pela cidade antes do almoço.

A cidade se caracteriza pela venda de madeira, e como lá madeira não é problema, construíram passarelas de madeira por toda costa e também pela cidade, não existe rua, tudo é pela passarela, tivemos que deixar as motos na entrada da cidade e para conhecer, somente a pé.

Um lugar diferente e muito bonito, vale a pena a visita.

Tiramos muitas fotos, almoçamos e como todos dias nesse horário demos muita risada, o que não falta é assunto.

Depois de comer muito bem, fomos para Cochrane, nesse trajeto tive um problema, ascendeu uma luz vermelha no painel com sinalização do freio ABS, tentei frear e a moto quase passou reto na curva, e o pneu arrastando, coisa que não poderia acontecer com o ABS, depois do susto segui mais devagar, fiquei preocupado.

Quando cheguei a Cochrane o pessoal já estava me esperando na entrada da cidade, expliquei o que aconteceu, mas antes de resolver isso, tínhamos que achar um lugar para trocar dinheiro para poder abastecer e pagar o hotel que não aceita cartão! Tentamos em vários locais diferentes e nada, ninguém troca nem sabe quem troca, fomos num posto da Copec abastecer com cartão, pois pensamos que o posto do Jose não aceitava cartão, mas aceita.

Depois de abastecidos, continuávamos com o problema do dinheiro, pois tínhamos que pagar o hotel, foi quando o Marcos lembrou do José, e nos fomos atrás dele, já tínhamos decidido que se ele não tivesse como trocar, iríamos para o hotel, nos  instalaríamos e amanha pagaríamos em dólar, aí ou aceitavam ou não receberiam.

Felizmente chegamos no posto do Jose e ele muito atencioso, prontamente se prontificou a trocar e ainda por cima, nos convidou para tomar uma cerveja num restaurante do centro, fomos para lá, o Marcos, Jairo e eu, mais o José pai e José filho, o Tadeu já tinha ido para o hotel dele enquanto estávamos tentando trocar o dinheiro.

São duas pessoas muito simpáticas, o pai é policial aposentado e o filho ex-policial, muita conversa, muita risada, muita bobagem mas também algumas informações interessantes, ao ser questionado por que dá antipatia do povo Chileno com o Argentino, nos explicou que anos atrás, o Chile estava em guerra com a Bolívia e Peru, todas as tropas estavam mobilizadas para esta questão, segundo ele, foi quando a Argentina se aproveitou da situação e tomo posse de terras que eram Chilenas e hoje são Argentinas, praticamente todo sul, inclusive o Ushuaia.

Falamos de futebol e aproveitei para dar uma bandeira do Brasil para o Sr. Jose (pai).

Graças a uma conversa do Marcos, pois ele conversa até com árvore se não tiver com quem conversar, e por ajudá-lo com a fita isolante, conseguimos resolver um problema e ainda fomos agraciados com cerveja e comida, tudo pago pelo Jose Júnior, quem vier a Cochrane não pode deixar de abastecer no posto Petrobrás e ele aceita cartão.

Depois fomos para o hotel e amanha a previsão é sairmos as 7:00, voltamos para a Argentina com destino a El Calafate.
































http://youtu.be/wSkkIyd7SGo


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